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"AMANHÃ que é dia dos mortos
Vai ao cemitério.Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero,
E em verdade estou morto ali."
Manuel Bandeira
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
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